Saturday, May 8, 2010

Cheirinho de bebê

O aroma que muitos definem como "cheirinho de bebê" está presente em nossos subconscientes desde quando a Johnson & Johnson lançou seu icônico talco.
Na época, antes do advento das fraldas descartáveis, o talco Johnson's era a única maneira de manter os bebês secos e confortáveis.
As minhas memórias de talco perfumado que se vendia em latas de metal ou de papelão decoradas com lindos desenhos como as que aparecem nas fotos por aqui hoje, são longínquas e está associada a lembranças da minha infância, e do meu gosto por quase tudo que remete ao vintage.
Após o banho da tarde, aquele de dormir, a mamãe tomava um banho de talco e o quarto dela virava uma nuvem sufocante de pó! Um cheirinho bom acompanhado de muito, muito espirro.
O papai colecionava a "Revista Seleções" e eu não me cansava de ficar olhando as propaganda de produtos para senhoras, aliás, herdei a coleção das revistas tenho desde a primeira edição.
Usar pó de arroz ou talco por todo o corpo era um hábito bastante antigo, e para ninguém pensar que sou tão antiga assim, posso dizer que sou do tempo do pó de talco da Vinólia, tá acho que sou antiga mesmo - Eles ainda vinham em latas.
Já as lembranças que tenho do pó de arroz é que vinha dentro de umas caixinhas "bem bonitinhas" e coloridas.

Lembro principalmente de ter visto potinhos parecidos com esses na penteadeira da minha avó.


Todos esses talcos e pó de arroz com cheiros da minha infância me fazem lembrar também do nascimento do meu primeiro filho. Eu adorava dar banho de talco nele principalmente na hora de trocar a fralda. Sacudia o frasco do talquinho pra cá e pra lá e a nuvem de pó de novo tomava conta do quarto. Eu usava Pom-Pom ou Johnson.

Hoje em dia os pediatras não mais aconselham usar talco nos bebes, porque dizem que as partículas do pó são tão finas que podem entrar nos pulmões da criança e causar problemas respiratórios graves e até matar. Eu acho um exagero sem tamanho.
Uma amiga da mamãe ensinou-me a usar maisena para curar rapidinhas assaduras. E quer saber, funcionava mesmo.
O estranho era pensar que o produto que fazia o mingau do bebe servia também para polvilhar os bumbuns dos mesmos... Não era o máximo!
Anos mais tarde, já com três pequenos para cuidar usava talco também para espantar o chulé dos tênis das crianças. Ah, tomava banho de pó de talco também quando levava os moleques para assistir São Paulo e Coríntias no Morumbi....Que saudades!...

Esse amigo aí continua imbátivel no quesito chulé

Se você tem cabelos claros, aqui vai um truque que eu aprendi há muitos anos com um cabeleireiro aqui em São Paulo.
Quando o seu cabelo estiver com aspecto de sujo, com a raiz oleosa e você tiver um compromisso que não dá tempo de lavar, pegue um pouco de talco e jogue nos fios perto da raiz.
Depois espalhe com os dedos. O resultado é impressionante. Fica muito bom!
E também ajuda a disfarçar a raiz escura, quando não deu tempo de retocar a coloração, porque os fios ficam mais claros.
Eu particularmente uso o Talco de bebê da Johnson’s, que de quebra deixa um cheirinho


Quando ganhei meu primeiro porta-jóias, uma tia do sul me ensinou a colocar um pouco de talco embaixo da caixinha para conservar as bijuterias. Ele absorve a umidade e evita que as peças escureçam ou fiquem embaçadas.

Talco é bom também para retirar manchas de gordura ou óleo. Cubra a mancha com uma pequena quantidade de talco se possível, assim que o tecido for manchado e deixe agir por uns 15 minutos. Assim que o talco absorver a gordura, lave e escove bem o local. Testado e aprovado por donas de casa do mundo inteiro.
Infelizmente a nostalgia das caixinhas do pó de arroz, bem como o charme das antigas latas de metal, se perdeu no tempo.
Mas como adoro tudo que é vintage me deliciei na procura das fotos e meu coração se encheu de saudades e lembranças gostosas da minha infância e da infância dos meus filhos.

Desejo a todas as mamães e também as futuras mães que sejam muito felizes com cheirinho de talco que possuem a capacidade de despertar sentimentos de familiaridade, reconforto e a singeleza dos primeiros carinhos.


Um xerô!